25 de Abril de … 2012
1974 Salgueiro Maia: A marcha para o Carmo foi extraordinária pelo apoio popular que agregou, que contribuiu bastante para que o Carmo perdesse a vontade de resistir. Nunca tinha visto o povo a manifestar-se assim. No Carmo, ao chegar houve desde senhoras a abrir portas e janelas até ao simples espectador que enrouquecia a cantar o Hino Nacional. O ambiente que lá se viveu foi de tal maneira belo que depois dele nada mais digno pode acontecer na vida de uma pessoa. (pp. 94)
Junho 2009: Há vinte anos, quando era primeiro-ministro, Cavaco Silva recusou-se a conceder àquele militar [Salgueiro Maia] uma pensão “por serviços excepcionais e relevantes”. A atitude do então chefe do Governo provocou um sonoro coro de protestos, tanto mais que foi conhecida aquando da concessão de uma idêntica pensão a dois inspectores da extinta PIDE/DGS.
Abril de 2012: PSP prepara tolerância zero nas manif’s do 25 de Abril
Por acaso estive no largo do Carmo nessa altura e só não se deu uma tragédia porque o regime estava podre e sem vontade/capacidade de reagir.
Os GNRs de G3 e alguns PIDEs estavam escondidos nos telhados do edifício enquanto o “povo” enchia o largo e rodeava os soldados.
A “estratégia” foi espontânea (desleixada? revolucionária?), uma vez que os populares estavam a servir de escudos humanos, mas vitoriosa e sem vítimas mortais.
Enfim, tudo correu bem e cá estamos nós para contar o que aconteceu, embora alguns o façam em discurso indirecto e romantizado.
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É verdade, pela imagens dá para ver que, dada a quantidade de gente, a tragédia estava ali a um passo.
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