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“Samarcanda”

Maio 18, 2009

“Por vezes, em Samarcanda, ao entardecer de um dia lento e sensabor, alguns citadinos desocupados vêm laurear na betesga das suas tabernas, perto do mercado das pimentas, não para provar o vinho moscatel da Sogdiana, mas para espiar idas e vindas, ou tomar de ponta certo bebedor toldado. O homem é então arrastado na poeira, coberto de insultos, condenado a um inferno cujo fogo lhe lembrará até à consumação dos séculos a rubidez do vinho tentador.
É de um tal incidente que irá nascer o manuscrito dos robaiyat, no Verão de 1072. Omar Khayyam tem vinte e quatro anos, está desde há pouco em Samarcanda.”
(…)
Samarcanda [Samarcande], Amin Maalouf (Tradução de G. Cascais Franco, Ed. Difel)

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