O meu reino por um like
Escrevi isto no facebook, mas transcrevo para aqui, porque um blog também faz parte da rede social.
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O António Guerreiro é daqueles casos que leio sempre. Escreve e pensa bem, independentemente de concordar ou não com ele. Gosto de o ler, ponto. Neste caso, cometeu, quanto a mim (ninguém me perguntou nada, eu sei, mas é para isto que também serve o facebook, ouviste, António?) dois erros nesta crónica. Primeiro, usou o seu espaço para birras particulares. Segundo, não percebeu esta coisa da rede social (facebook, no caso).
Birras pessoais com alguém que ocupe um lugar de Poder eu aceito e, muitas vezes, apoio. O Poder existe para ser combatido (uma função parecida com a daquele tipo atrás do imperador romano, “lembra-te que és mortal”). E se tivesse percebido esta coisa do facebook, sabia que este tipo de tricas são o espaço ideal para usar esta rede social. Diz-se directamente na “cara” e “ouve-se” directamente a resposta. Et voilà.
Eu também leio por aqui muita coisa de que discordo. Gosto disso, de ler opiniões contrárias, apesar de, às vezes, ter vontade de mandar o autor do post contra um poste (e eles devem pensar o mesmo do que vou escrevendo por aqui, é a vida, diria o Guterres), mas isso são outros quinhentos.
Por exemplo, há dias, li várias pessoas que comparavam o Che Guevara com o ditador Franco. Santa ignorância de gente verdinha. Dou só duas dicas. Por muito que vos custe, matar em tempo de guerra é ligeiramente diferente de matar em tempo de paz e, ainda por cima, usando os instrumentos do Estado. Em ambos os momentos se cometem crimes/assassínios, mas em tempo de guerra não se limpam armas, certo? As revoluções não se fizeram com flores na mão, corrijo, houve uma dos cravos, é certo, mas diz a estatística que em muitos dados recuámos à pre-revolução. Se calhar, se tivéssemos trocado os cravos por outra coisa… quem sabe.
Concluindo, apesar de tudo, gostei de ler mais esta crónica do Guerreiro e se ele tivesse facebook, quem sabe, até poderia ler isto.
E agora continua para bingo que amanhã é sábado.
Leste a notícia (lembrei-me do teu outro post, há uns dias) do noivo cujo padrinho de casório é o Ronaudo, aquele mesmo, mesmo rico? E que presenteou os noivos (na notícia só fala do noivo, o que só por si constitui matéria para ilustração científica, na área da entomologia).
Fico à espera dos próximos episódios: o noivo a devolver, em bandeja humilde, a ilha a quem ela pertence.
Isto do entusiasmo é bué fixe 🙂
(em capítulos também daria, mas parece-me que, enfim, coiso, os insectos não estarão muito virados para cenas, só para picadas valentes, que é tudo o que desejo aos 10% do PIB nacional que por lá se pavonearam, Serralves, desta vez)
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Essa da ilha não sabia. Não podem ler nada esses copiões 🙂
Mas li essa dos 10% do PIB. Tanto dinheiro e não têm uma casa para a festa. Às tantas vivem num T1 🙂
Tanto dinheiro, tanto dinheiro e tanto vazio, tanto vazio.
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Pior, tanto oco.
O vazio é poético, que eu conheço-o (sei lidar com ele)
🙂
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Isso, tanto oco 🙂
Que no vazio é o início de um blog qualquer 🙂
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