Norte-Sul
Ontem na rádio (TSF) uma grega, professora de alemão, filha de pai alemão e mãe grega, contou que quando era pequena chamavam-na de Hitler e agora de Merkel, disse ela que estava farta deste ambiente. Mesmo na própria família havia grandes discussões. A parte alemã dizia que deviam trabalhar mais, a parte grega perguntava por que é que os alemães os queriam matar à fome. Depois acrescentou. “Eu trabalhei vários anos na Alemanha, nem se compara com a Grécia, trabalhava muito menos e ganhava mais. Não fazem sentido estas acusações.” Curioso que ela tenha dito isto, porque as pessoas que conheço e que emigraram para a Alemanha dizem a mesma coisa e acrescentam que a diferença está na organização. Nunca estive lá, não sei.
[adenda: Gregos trabalham mais 671 horas anuais que alemães, diz OCDE]
Uma das minhas primas é casada com um alemão (ela foi para a Alemanha com 10, 12 anos, creio). É francamente mais “alemã” que ele, que repete constantemente que os portugueses (mas refere-se aos povos do Sul da Europa…) “nunca mais aprrendem com os erros do Norrte” (Alemanha).
Gosto muito dele, também pela forma como aprendeu a língua portuguesa (escola, gramática, etc.) por se ter apaixonado por ela (e corrige-a com brandura, constantemente 🙂
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Aprender com os erros, seja onde for, faz parte da evolução, mas este povo não aprende ou não quer aprender.
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O alemão com o qual namorei, por outro lado, tinha laivos de secura a raiar o sarcasmo, demasiadas vezes, quando se referia aos portugueses. Tinha também demasiado dinheiro, mas ainda hoje sei qual era o seu principal problema: falta de equilíbrio nos afectos (uma longa história).
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É um pouco a imagem que tenho dos povos do Norte, secos e amargos, faltam-lhes luz e sol na vida.
E viva os clichés 🙂
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Vi agora:
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Trabalhei na Alemanha e confirmo que assim é.
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Era o que suspeitava. Repetem uma mentira à espera que se torne verdade.
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