Agenda ideológica

Parece-me claro que o objectivo sempre foi que a Grécia falhasse. A UE/FMI e os respectivos governos maioritariamente de direita nunca quiseram passar a mensagem de que um governo verdadeiramente de esquerda fosse vencedor, Os spin doctors até lhe chamam de extrema-esquerda. A UE quis mostrar ao mundo que estava cheia de boas intenções, que fez tudo para ajudar a Grécia quando, no fundo, no fundo, o que quer é derrubar e deixar um aviso aos europeus que com um governo de esquerda um país está condenado. Nenhum país/governo pode ser colocado em causa por uns míseros 2 mil milhões de euros. Isto são trocos. Basta ver o preço de um submarino (hello, Portas) e quanto é que a Alemanha e outros países europeus já venderam aos gregos em armamento militar (16 mil milhões, números de 2010). Há uma batalha ideológica a decorrer nas profundezas deste simulacro de negociações.

A mensagem está dada: votem nos partidos de esquerda e kaput. Quer dizer, excepto os tugas, que com o auxílio da Nossa Senhora, acham que estamos no bom caminho. Estes já têm esta mensagem inscrita no adn. Asininos da treta.