Páscoa Domingo de manhã
Passeio de bicla. Podem continuar a tirar fotos ao mar que ele não se gasta. Mas caramba! podiam olhar por um nano-segundo para o manto azul. Eles são selfies, fotos de grupo, trios, quartetos e os inevitáveis duos de braço esticado sempre de costas para o mar. Eles são gritos, berros, histeria, deixa ver como ficou, tira outra, agora assim e depois assado, vai para ali e depois para acolá e ninguém vê a cadência das ondas. Ninguém se predispõe a ouvir o silêncio do mar. Ninguém consegue ouvir o batimento cardíaco do Oceano. Larguem os telemóveis e as máquinas fotográficas, tirem os sapatos e sintam a areia nos pés. Deitem-se na praia, fechem olhos em silêncio e ouçam o que o mar sussurra. Sintam a brisa marítima, o cheiro salgado, o desfazer das ondas. Troquem a espuma dos dias pela espuma de Poseidon. O mar está sempre pronto a falar convosco, ouçam-no, porra! Calem-se por uns minutos. Ouçam o silêncio do mar.
A página 143 também está no post
E como a maré estava vaza, muitos ouvidos podiam ouvir.
GostarGostar
Página 143 do livro de Vercors?
Quanto mais ouvirem o silêncio do mar, mais silêncio se faz 🙂
GostarGostar
Não. “Os Passos Em Volta, p. 143”
O post é recente e as minhas campainhas… (famigeradas)
GostarGostar
Ah bem visto e lembrado 🙂
Por acaso quando escrevia este post lembrei-me de uma pintura:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarde_de_Domingo_na_Ilha_de_Grande_Jatte
GostarGostar
Reticências!
GostarGostar
🙂
GostarGostar