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Crítica da poesia

Setembro 19, 2014

«Eis aqui a chuva igual e as suas ervas daninhas
O sal, o mar desfeito…
Apaga-se o anterior e logo se escreve:
Este mar convexo, os seus enraízados
e migratórios costumes
já serviu algumas vezes para se fazer mil poemas.
(A cadela infecta, a sarnosa poesia
variedade risível da neurose,
preço que alguns homens pagam
por não saber viver.
A doce, eterna, luminosa poesia.)

Talvez não seja agora o momento:
a nossa época
deixou-nos a falar sozinhos.»

José Emilio Pacheco, tradução de Luís Parrado. Daqui.

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