Fingidor
não conhecem o meu sentido de missão (…) a crise foi superada (…) Sou de ficar, não sou de abandonar
não poderemos voltar à irresponsabilidade, não poderemos viver na excepcionalidade teremos que dizer à sociedade os limites até onde ir (…) O reino dos demagogosterminou
No tempo em que ainda não havia internet, vi uma capa na banca dos jornais que gostaria de relembrar. Vivíamos em pleno cavaquismo. Sim, esse mesmo, a lapa de Belém, o tal que diz que não é político, mas que não larga o poder. Ao lado dos jornais desportivos lá aparecia regularmente a famosa revista do Vilhena (seria talvez a “Fala barato”). Nessa capa, Roberto Carneiro, na altura ministro da Educação, aparecia rodeado de um rancho de filhos e dizia: “O que é que posso fazer? Gosto de foder” e encolhia os ombros.
Depois de ler as notícias sobre o congresso dos leitões apetece-me parafrasear o poeta.
O vice é um mentiroso que mente tão completamente que chega a acreditar que é verdade a mentira que deveras mente.
Na cabeça daquele lunático mentir não é verbo, é advérbio de modo.
Aqui está um momento em que o irrevogável faz jus ao adjectivo que se lhe colou como ferro em brasa. Ele é irrevogavelmente mentiroso. É o seu modo de vida.
Se o Vilhena lhe dedicasse uma capa seria: “O que é que posso fazer? Gosto de mentir”.
PS. É nestas alturas que me lembro da expressão repetida ad nauseampelas ovelhinhas “os políticos são todos iguais”. Eu, se fosse um político corrupto, adoraria ouvir isso. Querem melhor camuflagem?
PS. 2. E que melhor partner podia ele escolher.