“O Apartamento”
“The Apartment” (1960), Real. Billy Wilder
Um funcionário de uma grande companhia de seguros descobriu uma forma de subir na empresa. Empresta o seu apartamento a alguns executivos para onde estes levam as suas amantes. Mas quando se apaixona pela amante do chefe uma questão se lhe coloca: seguir o seu coração ou a sua carreira?
Jack Lemmon e Shirley MacLaine estão, como sempre, magníficos. A realização perfeita (what else is new?), por exemplo, quando vemos as personagens, ora subindo, ora descendo, seja no apartamento, seja na carreira, uma bela metáfora. Ah e chamar a isto uma comédia, só se for para rir, porque é uma visão bem amarga da vida. Claro que tem situações engraçadas, e depois, a vida é mesmo assim, não?
E agora este episódio delicioso que rapinei no site “50 Anos de Filmes“. Um bom texto que vale a pena ler (fiz umas alterações):
«Um ano depois de realizar “O Apartamento”, Billy Wilder foi a Berlim, onde iria filmar “1, 2, 3“. Nessa estadia, foi convidado para dar uma palestra na Möwe, em Berlim Oriental, ponto de encontro de artistas e intelectuais comunistas. “O Apartamento” foi exibido e aplaudido pelos convidados, “funcionários soviéticos ligados à cultura, gente do cinema e do teatro da então República Democrática Alemã, da Polónia e da União Soviética”.
“Fui elogiado como crítico social”, conta Wilder, “como alguém que tivesse desmascarado o mundo capitalista da mercadoria e dos empregados, onde cada um tinha que se vender. Levantei-me e falei. Disse que aquilo que era mostrado (no filme) poderia, de facto, acontecer em toda parte, tanto em Tóquio quanto em Londres, em Paris como em Munique. Só não poderia acontecer numa cidade do mundo, Moscovo. Aplausos lisonjeiros dos convidados na Möwe. Não poderia acontecer em Moscovo, continuei, porque lá Lemmon não poderia de forma alguma emprestar seu apartamento. Porque três outras famílias ainda morariam com ele ali. Silêncio e perplexidade na platéia.”»
Ya know, I used to live like Robinson Crusoe; I mean, shipwrecked among 8 million people. And then one day I saw a footprint in the sand, and there you were.
Olá! Me sinto honrado por você ter rapido aquela história do meu site – a qual rapinei de um livro, dando, porém, o devido crédito. Você poderia ter citado o nome do site rapinado…
Um grande abraço.
Sérgio Vaz
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Olá, Sérgio, claro que sim, apesar de ter colocado o link, não indiquei o nome do site. Já corrigi.
E, já agora, parabéns pelo texto, está muito bom.
abraço
Marco C. Santos
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